terça-feira, 24 de novembro de 2009

Midas: O Teólogo da Prosperidade


                                                                             
O Rei mítico Midas amava o ouro...; e desejava que tudo o que ele tocasse virasse ouro...; e, assim, pediu aos deuses que o atendessem... Foi atendido!... Então, distraído em razão de pensar que o poder apenas se aplicaria a objetos e a coisas... — beijou sua filha e ela virou ouro...

Depois do desespero foi tentar comer e beber, mas a comida virou ouro e o vinho também...

Desse modo Midas aprendeu que a vida não é feita de ouro, e também que aquilo a que damos mais valor natural na existência..., nada tem a ver com ouro.

Midas amava o ouro, e queria que tudo que ele tocasse virasse ouro...

E você?

Qual é o seu sonho mágico?

Quando o sonho de ambição encontra o poder do milagre ou do sobrenatural, então, nascem os “Midas” existenciais...

A tal da Teologia da Prosperidade nada mais é do que o desejo de Midas feito "piedade" e "confissão de fé positiva"; como se houvesse "fé negativa" no Evangelho...

Assim, todos o que dela [da Teologia de Midas] se servem ou por ela vivam, sim, todos, sem exceção, tornar-se-ão gente que experimentará a maldição de Midas: conseguirão..., mas perderão as suas almas...

Quando o coração do homem é de “Midas”, tudo o que ele ama se tornará objético e se tornará apenas coberto de ouro, mas sem vida dentro...

Você quer a benção de Midas?...

Sim, pois Midas deveria ser o Muso da Teologia da Prosperidade!...

Bem, querendo ou não que seja..., no entanto, todo aquele que ama o dinheiro já se tornou filho da maldição de Midas; e caso tudo o que ele toque não vire caca, certamente se tornará em ouro, mas à custa do que seja vida.

Acerca disso Paulo disse:

Grande é o ganho da piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e é sabido que nada podemos levar dele.

Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.

Digo isto porque os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.

Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

Tu, pois, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.

Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos... Dize a eles que façam bem, que se tornem ricos de boas obras, que repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna.


Esta é a Palavra de Deus a todos os que pela Tentação da Prosperidade [embora se chame de Teologia da Prosperidade] se tornaram ungidos com a desgraça de Midas!

A quem ama o dinheiro se diz:... os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

Aos que já têm mais do que o normal para a vida [...tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.]se diz: Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos... Dize a eles que façam bem, que se tornem ricos de boas obras, que repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna.

Assim, se você não tem, não busque ter como forma de afirmação na vida. E se você tem, então, creia: a única maneira de você manter seu coração afastado do senhorio do dinheiro ou do poder com o qual ele nos escraviza, é segundo a vereda do Administrador Infiel [Lucas 16], o qual fez do dinheiro de origem iníqua o melhor que pôde.

Ou seja: o que salva alguém do Feitiço de Midas e do Dinheiro ou do amor a ele... — é justamente usá-lo contra a noção avara de “economia como segurança para o futuro”.

Por isto Paulo diz [e eu mais uma vez repito]: Manda que não sejam orgulhosos; que não confiem no dinheiro; que se tornem ricos de boas obras, que repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos ‘um bom fundamento para o futuro’, para que possam alcançar a vida eterna.

Esta é a Palavra; e ela é digna de toda aceitação!

Nele, que nos ensinou que o amor a algo faz a pessoa se tornar o algo que ama!

Autor: Reverendo Caio Fábio

Fonte: CaioFabio.Com

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sábado, 21 de novembro de 2009

Hipócritas e Ilududos


                                                                       
Mais duas fábulas de Esopo adaptadas aos crentes modernos.

A primeira é “A galinha e o pavão”, que narra o seguinte:

Uma galinha passou, acidentalmente, pelo local onde os pavões costumavam desfilar sua beleza. Encontrou ali algumas penas caídas no chão, apanhou-as e resolveu colar todas elas à cauda, achando que estava igualzinha a uma pavoa e até poderia conseguir um namorado pavão.

No dia seguinte, muito vaidosa, foi passear junto com os pavões, que logo reconheceram a embusteira e a expulsaram do seu meio. Ela tentou se defender, afirmando que também era da mesma espécie dos pavões, mas o chefe do bando, respondeu: Não é a beleza das penas que transforma uma galinha em pavão.

O que se vê, nos domingos de manhã, é uma porção de crentes vestindo roupas domingueiras, com a Bíblia debaixo do braço, como se esta fosse um frasco de Rexona. Eles passaram a semana inteira sem ler a Palavra de Deus, imaginando que o sermão do pastor é suficiente para alimentar a sua vida espiritual. Durante a semana, comportaram-se como pagãos, assistindo a shows indecentes na TV, dando calotes nas pessoas, exibindo caras piedosas, fingindo-se de santos. Por isso, estão na mira do Supremo Juiz, para uns bons puxões de orelha, no Dia do Senhor.

A segunda é a do garoto que estava em cima de uma árvore frondosa, quando viu passar um lobo. Sentindo-se totalmente seguro, o garoto começou a gritar: “Lobo mau, assassino, ladrão! O que você pensa que está fazendo, ao passear neste lugar de gente honesta? Como se atreve a aparecer aqui, sabendo de sua péssima fama? Dê o fora, seu bandido asqueroso”.

O lobo olhou para cima e aconselhou: “Garoto, deixe de ser gabola. Nunca ouviu falar no provérbio: ‘nada melhor do que um dia atrás do outro?’ Hoje você está seguro, trepado nessa árvore. Mas, qualquer dia, poderemos no encontrar no meio da floresta e quem vai garantir que eu não jante você? É muito fácil ser corajoso, quando se está a salvo do perigo, oxente!”

Conheço muitos crentes que freqüentam igrejas carismáticas e se acham totalmente garantidos em matéria de salvação e de prosperidade financeira, porque entregam dízimo e ofertas, exercem um cargo na igreja e fazem tudo para agradar o pastor. Em vez de olhar somente para Jesus, autor e consumador de nossa fé, esses pentecas olham para o líder da “sinagoga pentecostal”, escutam e aceitam tudo que ele ensina no púlpito e na mídia, sem jamais conferir as palavras do pregador pela Bíblia. E quando encontram um cristão bíblico na rua, costumam se vangloriar: “Você não frequenta uma igreja grande e próspera como a minha! Por isso, nunca vai ser rico e feliz, como eu sou. Jesus veio ao mundo para nos tornar ricos e felizes. Você continua pobre porque é um tolo...”

Infelizmente, 99% dos cristãos modernos confiam nas promessas dos “lobos vorazes”, que ocupam os púlpitos; por isso, o seu destino eterno pode se tornar muito perigoso.

Autora: Mary Schultze - Pesquisadora de Religião

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

E SE DESSE A LOUCA NA “IGREJA” E ELA...


                                                                          ...quisesse ser IGREJA?

O que ela deveria fazer?

1. Crer que o Evangelho não está em disputa com as Religiões do mundo, e nem tampouco pretende ser uma delas.

2. Crer que a obra de evangelização nada é além do viver em fé a revelação do amor e da Graça de Deus em Cristo Jesus, sem nenhuma questão.

3. Crer que toda “missão com o tempo estraga a Missão Original, pois esta só permanece pura enquanto é fruto do amor que faz sem perceber e sem contar...

4. Crer que ela não é a Juíza do Homens, nem a mantenedora dos bons costumes, mas a propagadora da Palavra que a atingiu como Boa Nova, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, e não imputando aos homens as suas transgressões.

5. Crer que o Espírito Santo é Vivo, Livre e Soberano, e que a Palavra é Viva e Eficaz, sendo, portanto, trabalho do Espírito e da Palavra, convencer os homens do pecado, da justiça e do juízo—não sendo esta, portanto, a tarefa da Igreja.

6. Crer que ela é a comunidade dos que foram chamados nos becos, vielas e antros da Terra—conforme a parábola de Jesus; e isso porque os filhos de Abraão segundo a carne não se acharam dignificados pelo convite—; e, portanto, dela se espera que aceite o convite, que vista-se com as vestes da justiça da fé, e que não questione a presença de ninguém nas Bodas do Cordeiro.

7. Crer que por uma questão de ordem histórica e funcional, a Igreja se mostra como “igreja”, e que é parte do movimento de cura “desta” o buscar ser sempre Aquela.

8. Crer que a única leitura bíblica que não perverte a consciência no caminho da lei, da moral e da religião, é aquela que tem em Jesus a sua Chave Hermenêutica; sendo que depois dessa compreensão em fé há uma única questão a ser levantada pelo povo de Deus ante leitura da Palavra: Como Jesus interpretou essa questão com as ações de Sua própria existência humana? É no espírito dos gestos de Jesus que a Palavra Encarnada se explica e se mostra aos nossos olhos. Ele a interpretou para nós.

9. Crer realmente que o fim da Lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê. Portanto, em Jesus encerrava-se uma Era e iniciava-se o que É. Tudo o que veio antes era sombra. Nele, em Cristo, estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Nele está todo o saber para a vida.

10. Crer que é impossível renovar para arrependimento quem um dia disse que cria que em Jesus toda a Lei se cumprira; que toda justiça se fez em favor dos homens; que tudo o que houvera antes teve em Cristo seu cumprimento e totalização; mas, mesmo assim, insiste em pregar ao povo um caminho quase-de-Cristo. Sim, a esses que já foram iluminados pela consciência da Graça de Deus em Cristo, e dela caíram, rendendo-se aos legalismos e às doutrinas de homens—é impossível renovar para arrependimento, visto que depois de terem crido que em Jesus Tudo Está Consumado, voltaram atrás, e puseram pesados e falsos jugos de opressão sobre os filhos dos homens. Esses não sabem mais o que é arrependimento e gratidão—esqueceram de quem são!—, visto que trataram a Cruz como quem pisa nela, e a despreza como o Feito Que Fez.

11. Crer que os dons de Deus concedidos aos homens são para serviço, de tal modo que um apóstolo é servo de todos, pois quanto mais se chega perto do Cabeça, mais a mente deve discernir que a única forma de servir a Cristo é fazendo como Ele: esvaziando-se...e se tornando figura humana...reconhecível em sua humanidade...e jamais usurpando nada da Glória da Graça de Deus.

12. Crer que somente se nos tornarmos gente boa de Deus é que teremos qualquer chance de sermos percebidos genuinamente como povo de Deus na Terra; do contrário, seremos sempre apenas parte da Religião Cristã.

13. Crer que Deus não se contamina com a presença de quem quer que seja, e que a Igreja é como uma porta aberta, não é uma Lavanderia e nem um Tribunal. Portanto, que sejam todos bem-vindos ao ajuntamento do povo de Deus.

14. Crer que Deus não está chamando clones para formar a Igreja, mas indivíduos, completamente únicos e singulares; e que todos terão que fazer seu próprio caminho na Graça de Deus; e, portanto, ninguém tem o poder ou o direito de julgar quem quer que seja por ser diferente.

15. Crer que o único Dogma da Fé é o amor, e que tudo o mais, sem amor, é apenas presunção humana e de nada aproveitará aos olhos de Deus, mesmo que a doutrina esteja certa.

16. Crer que a apostasia da igreja não vem em formas, mas em conteúdos. E a grande apostasia nunca será sobretudo comportamental, mas confessional, pois admite-se que todo homem é pecador e erra—pecar não lhe é algo alienígena—; a Palavra de Deus, porém, é perfeita; por isso, falsificá-la, negando a Graça de Deus realizada e consumada em favor de todos os homens, é desvio da fé, e é a Grande Apostasia.

17. Crer que a língua é o pior veneno do homem, e que é pela língua que a “igreja” mais ofende a Deus e ao próximo—com seus juízos, certezas, arrogâncias e delírios—;sendo, portanto, imprescindível que todo e qualquer progresso espiritual seja medido pelo modo como os homens usam a sua própria língua em relação ao próximo.

18. Crer que se desejarmos ser aproveitados como servos no reino de Deus, temos que nos desconverter de todas as nossas práticas, valores, importâncias e dogmas anteriores—visto que o Espírito não tirará pedaço de pano novo para remendar as vestes velhas. Cada geração tem que ouvir a Palavra com os ouvidos do Dia Chamado Hoje, que é Dia de Salvação.

19. Crer que ter a mente de Cristo não é possuir conhecimento técnico da Bíblia, mas sim ser capaz de olhar a vida com o olhar da misericórdia, da justiça e da Graça.

20. Crer que Deus deseja prosperar o Seu povo no corpo, na mente e no espírito, e que o sinal de tal prosperidade é a gratidão, o trabalho honesto, e a devoção integrada à totalidade da vida.

Se começássemos por aqui já veríamos os milagres começarem a acontecer; e haveria paz entre nós mesmos, por mais diferentes que fossemos, pois jamais haveria “forma” alguma que sobrepujasse a força do Conteúdo do Evangelho da Graça, o qual ungiria o ser de todos os irmãos na fé.

Autor: Reverendo Caio Fábio.

Fonte: CaioFabio.Com

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